quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O bonitinho/conveniente VS O verdadeiro

Não sei onde eu estava... devo ter perdido o momento em que os artistas passaram de loucos para intelectuais. Antes eram bem mais legais.
Por outro lado, o conceito de beleza na arte tornou-se algo totalmente obsoleto - que bom - não existe mais o bonito e o feio, isso definitivamente é coisa do passado. A antiga definição de beleza jamais teve alguma coisa há ver com estética. Tratava-se apenas do exercício de futilidade de pessoas que não enxergavam alem dos limites impostos pelos valores convenientes de suas épocas.
Para ter alguma validade como arte, a coisa tem que ser verdadeira. A arte só é valida quando é o retrato fiel de toda atividade interior do artista. Ela é o produto do percurso de um indivíduo. É o resultado de um emaranhado de vivencias, investigações, pesquisas e experimentações, capazes de gerar um conteúdo singular, mas dotado de uma estranha conexão.
No que diz respeito a arte contemporânea o que realmente importa é a força do conceito amparada pela total liberdade criativa, porque na verdade, ela ainda está acontecendo e por isso foge de convenções e pouco se pode afirmar. Com o passar do tempo talvez poderemos ter essa definição com clareza. Ou não.

Mas por enquanto, deslumbramos e adoramos o discurso, ele é quem manda e define tudo por aqui. As palavras das autoridades, os senhores das artes - regadas a superlativos, redundâncias e adjetivações...

"Não consuma a arte antes de ler a bula. Há não ser que queira pagar pouco." by: Dr. Mercado

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